terça-feira, 14 de julho de 2009

Aprenda fazer fotos à noite com sua câmera digital

Sabe aquelas fotos de casas noturnas com luzes maravilhosas, raios-laser, efeitos e nenhum estouro de flash? Os que acreditam que só uma supermáquina ou um fotógrafo experiente podem capturá-las estão enganados.

Uma simples point and shoot (compacta) pode realizar grandes trabalhos, basta tomar alguns cuidados e em certos momentos “enganar” sua máquina.

As câmeras compactas, pela sua tendência de automação, não oferecem recursos para ajuste de velocidade e abertura do diafragma (que regula a entrada de luz), fundamentais em várias situações noturnas. Outra regulagem que faz toda a diferença é o tempo de exposição, fundamental para retratar paisagens onde a luz é pouco presente.

Mas com alguns cuidados simples é possível “enganar” sua câmera e obter os efeitos desejados, como em uma câmera profissional. Veja 9 dicas para obter um bom resultado com fotos noturnas.

1. O primeiro passo é pensar o que será capturado na foto, o que alguns chamam de “intenção da imagem”. Busque algo que lhe chama atenção, em uma balada isso poderia ser a multidão dançando, os lasers ou mesmo a mesa de mixagem do DJ. Após decidido esse detalhe atente para as fontes de luz. Um laser, lâmpada fria ou até uma camiseta refletida na luz negra podem ser fontes interessantes.

2. Trabalhe no modo manual, ajuste o ISO para 400, ou algum valor mais baixo. Mas note que quanto mais baixo o valor do ISO maior será o tempo de exposição exigido pela máquina, logo objetos em movimento serão registrados em seu percurso, formando vários desenhos, ou “fantasmas” como chamam alguns. Tente tremer o menos possível.

Observe que ao capturar imagens desse modo as fontes de luz e objetos próximos a ela serão registrados nitidamente, enquanto algo mais afastado ou sem fonte de luz sairá escuro ou completamente nulo.

3. Se você pretende capturar algo mais nitidamente utilize o flash. Os flashs em máquinas compactas têm um alcance baixo, normalmente 3 metros. Para o fotógrafo Paulo Otero, que realiza as coberturas da casa D-Edge em São Paulo, uma boa distância para o flash não estourar varia de 60 cm a 1 metro entre a câmera e o objeto.

4. Utilizar o flash resultará em imagens mais nítidas, mas simplesmente capturar uma imagem dessa maneira pode apagar todos os efeitos da cena. O ideal é mesclar o flash com a exposição. Geralmente as câmeras possuem um modo de retrato noturno, onde o flash é disparado, registrando os objetos atingidos por sua luz, contudo a câmera continua registrando a imagem após o estouro, absorvendo a luz das outras fontes.

Esse resultado pode ser observado em fotos onde temos uma pessoa próxima à câmera e uma cena ao fundo, utilizando essa técnica tanto a pessoa como a cena seriam registradas. Utilizando a captura automática com o flash somente seria registrado o que fosse atingido pela luz do disparo, o resto seria uma escuridão total.

5. Experimente observar a diferença de quando se tenta não tremer, ou quando se treme um pouco propositalmente, o resultado pode ser muito interessante. Uma dica para se reduzir o efeito tremulante é soltar o ar dos pulmões, segurando a respiração durante o clique.

6. Quando sua intenção for fotografar um grupo, ou objeto extenso, tente alterar a potência do flash, aumentando seu alcance. Normalmente os flashs têm três configurações de potência nas máquinas compactas: Forte, Médio e Fraco. O Forte é o com maior alcance e o Fraco com o menor.

É interessante utilizar a menor potência em um objeto próximo, isso evita aqueles brancos em excesso. Paulo dá outra dica importante, utilizar algo para rebater e “ajustar” o flash. “Em câmeras compactas, onde o flahs é embutido e pequeno é possível colocar o dedo na frente pra dar uma amenizada na luz, pedaços de papel celofane, e por aí vai”.

7. Para fotografar paisagens ou cenas urbanas onde não há movimento, regule o ISO de sua máquina para o valor mais baixo e desligue o flash. Isso lhe dará o maior tempo de exposição possível para capturar a imagem. Um detalhe importante é saber encontrar a fonte de luz. Procure também um objeto interessante na paisagem, que sirva como ponto principal da foto, seja uma sobra de árvore com algo iluminado ao fundo ou uma das estátuas do centro de São Paulo, por exemplo.

8. Procure trabalhar nos formatos de arquivo de maior qualidade, utilizando toda capacidade que sua máquina possui para registrar a imagem.

9. Confira suas baterias e cartões extras de memória e o mais importante, não se canse de tentar. Muitas fotos noturnas exigem um grande número de tentativas frustradas, até que o ponto ideal seja encontrado.

Via: IDGNow!

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