terça-feira, 7 de julho de 2009

Foto: equipamento caro nem sempre é o melhor para fotógrafo amador

SÃO PAULO - Esqueça o ditado "quanto mais caro, melhor". Ele pode até ser aplicado em diversas situações, mas, na hora de comprar uma câmera fotográfica, não é preciso escolher o equipamento mais caro do mercado, se sua intenção é apenas registrar os momentos marcantes do cotidiano.

"Muitas pessoas acham que devem comprar um equipamento profissional ou semi-profissional para conseguir bons resultados, mas o fotógrafo amador não precisa de tudo isso, pelo contrário. Se ele não souber usar todos os recursos disponíveis nesses aparelhos, pode acabar estragando as fotos, enquanto câmeras mais simples e baratas, se bem utilizadas, garantem resultados bastante satisfatórios", garante o fotógrafo da Boog Produções, Hélber Aggio.

Para ele, câmera digitais disponíveis no mercado por preços entre R$ 450 e R$ 800 suprem com bastante qualidade as necessidades de quem gosta de fotografar, mas não trabalha com isso. "Basta prestar atenção em alguns detalhes para comprar o equipamento ideal, sem gastar demais".

Preste atenção!
De acordo com Aggio, a primeira coisa a ser observada, quando alguém vai comprar uma câmera, é a resolução com que ela fotografa, os famosos megapixels. Atualmente, existem no mercado câmeras amadoras de até 10 megapixels, o que pode ser um exagero. "Se a intenção não é revelar pôsteres com mais de 40 centímetros, os equipamentos com 4 MP dão conta do recado tranqüilamente. Resoluções muito maiores podem até se tornar um estorvo, já que acabam fazendo arquivos muitos grandes, que lotam o computador", explica.

Para o fotógrafo, também não há necessidade de comprar flash avulso. "As câmeras amadoras possuem bons flashs, que, aliados à regulagem do ISO, resultam em boas fotos. A grosso modo, o ISO determina a claridade da foto. Portanto, quanto maior o ISO, mais clara a foto fica. No entanto, quanto maior o ISO, mais a imagem fica granulada. O ideal é usar o ISO sempre entre 200 e 400, e nos ambientes escuros, acionar o flash", aconselha Aggio.

Gastar mais com câmeras que oferecem controle manual de entrada de luz e velocidade do obturador também não vale a pena, para quem não sabe trabalhar com esses recursos. "A maioria das câmeras possui algumas programações pré-estabelecidas para fotos à noite, paisagem, neve, aniversários (quando apenas o fogo da velinha ilumina o ambiente), que são suficientes para quem não é um profissional da fotografia. Esses programas garantem resultados muito bons, sem que o fotógrafo se preocupe com o fato de ter ou não programado os controles manuais corretamente", diz Aggio.

Vale a pena investir
Para o fotógrafo da Boog Produções, vale a pena gastar mais na hora de comprar o equipamento para ter uma preciosa função, que, segundo ele, faz toda a diferença na hora de conseguir bons resultados em uma foto: o zoom óptico.

"É claro que várias coisas precisam ser avaliadas, como marca, lente, funções, se aceita ou não pilhas recarregáveis, mas o zoom óptico influencia bastante o resultado das fotos. Também é preciso ressaltar que os consumidores devem evitar o uso do zoom digital. As lojas costumam alardear que os equipamentos possuem até 30 vezes de zoom digital, mas o desse tipo distorce toda a foto. O bom é ter o maior zoom óptico possível. Ele é o zoom real da lente e com ele é possível aproximar a imagem, sem estragar a foto", garante.

Aggio dá ainda uma importante dica para o fotógrafo amador: o zoom óptico ajuda a não distorcer a foto. "Quem nunca ouviu alguém reclamar que saiu gordo na foto, que a câmera engorda e que em foto profissional isso não acontece? O segredo é o zoom. Ele tira esse efeito de "engorda" da imagem. Eu aconselho todos a usar um pouquinho de zoom na hora de fotografar, mesmo quando o objeto que será clicado está perto. Os resultados vão melhorar bastante", garante o profissional

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