segunda-feira, 13 de julho de 2009

FOTOGRAFIA Fotografia fotografia

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FOTOGRAFIA:

A palavra pode ser descrita enquanto técnica, estética, como filosofia - a maneira de conceber o mundo e o que está em sua
volta ou ainda como linguagem ou forma de expressão.

Câmera fotográfica de grande formato.Fotografia é uma técnica de gravação por meios mecânicos e químicos ou digitais, de uma
imagem numa camada de material sensível à exposição luminosa, designada como o seu suporte.

A palavra deriva das palavras gregas φως [fós] ("luz"), e γραφις [grafis] ("estilo", "pincel") ou γραφη grafê, significando
"desenhar com luz" ou "representação por meio de linhas", "desenhar".

Índice
1 Essência da fotografia
2 Dispositivos formadores de imagem
3 Usos da fotografia
4 História da fotografia
5 A Fotografia no cotidiano e na vida
6 Fotografia em preto e branco
6.1 Meio tom
7 Fotografia colorida
8 Fotografia digital
8.1 Álbuns virtuais
9 Fotojornalismo
9.1 Visão periférica
9.2 Fotojornalismo independente
9.3 Agências de notícias
9.4 Paparazzi
9.5 Crédito fotográfico - direito autoral
9.6 Fotografia publicada
10 Lentes/Objectivas
11 Fotógrafo
11.1 Amadores e profissionais
11.2 Especializações do fotógrafo
11.3 Formação de um fotógrafo
12 Memória e Afeto
13 Fotografia como arte
14 Fotografia em estúdio
15 Velocidade do obturador
15.1 Efeito de Panning
15.2 Congelar o movimento
15.3 Sugestões profissionais
16 Ver também
16.1 Tópicos básicos da fotografia
16.2 Histórico
16.3 Técnica(s)
16.4 Relação das câmeras fotográficas
17 Bibliografia

Essência da fotografia
A discussão sobre o uso da Fotografia é precedido pela tentativa de compreender sua imagem, o que ocorre desde seu
desenvolvimento por diversos fotógrafos ao longo do século XIX (como afirma Geoffrey Batchen). Seu caráter artístico evidente
constitui um entrave a seu uso pelas ciências sociais, enquanto seu caráter científico a tornou uma espécie de subalterna no
campo da arte, características que parecem se reverter na segunda metade do século vinte, na medida em que o estudo desse
meio se aprofundou, as ciências sociais se abriram para a impossibilidade de completa objetividade, e o campo da arte passou
a lidar fortemente com a idéia, em oposição a uma ênfase na forma artística.

Os estudos históricos sobre a Foto iniciam por volta de cem anos após sua invenção. Já os estudos teóricos sobre a Fotografia
parecem iniciar no pós-guerra, e a principal teoria usada para caracterizar a Fotografia advém do campo da semiótica, ou
seja, declina da Semiologia de Saussure.

Numa leitura estrita da obra de Charles Sanders Peirce, definidora do campo da semiótica, a Fotografia se definiria a partir
das três categorias de signo, que existem numa ordem de importância e dependência umas das outras : o ícone, que é uma
representação qualitativa de um objeto - por exemplo, por analogia (é o caso da imagem fotográfica), o índice, que
caracteriza um signo que refere-se ao significante pela causalidade ou pela contiguidade (às vezes diferenciado como índex,
como na leitura de Umberto Eco), e o símbolo, cuja relação com o significante é arbitrária e definida por uma convenção (é o
caso de uma bandeira de um país, por exemplo).

Ora, os estudos iniciais da Fotografia, bem como os artistas ao longo do século XIX E XX se preocupavam com o problema da
iconicidade da Fotografia, isto é, o potencial de sua imagem e o caráter de seu realismo. O primeiro sinal de problematização
dessa modalidade de discurso está na obra de Walter Benjamin, cujo texto "A obra de arte na era de sua reprodutibilidade
técnica", revela uma preocupação com a modificação da recepção da Fotografia e do cinema em relação aos meios tradicionais da
arte, estudo pioneiro e extremamente influente que leva instâncias inéditas, como o problema da aura (o que a diferencia da
arte clássica) bem como o da multiplicação maçiça da imagem.

É na obra de Roland Barthes que vemos um segundo momento da tentativa de tratar da Fotografia como meio. A obra de Barthes
passa pela construção do estruturalismo, e sua leitura da obra de Peirce. Mas o universo de Barthes não se resume ao universo
do signo: seu grande livro sobre Fotografia, "Câmera Clara", possui um ponto de vista fenomenológico (que refere a Foto ao
noema, conceito da fenomenologia de Husserl), bem como utiliza elementos da psicanálise lacaniana. Ao longo da obra de
Barthes, a Foto é lida numa chave dialógica característica do estruturalismo, implicando a criação de conceitos tais como
conotação e denotação, ou ainda obtuso e o óbvio, até o desenvolvimento do par studium/punctum, que não são mais pólos entre
os quais a Fotografia existe, mas estados da Fotografia: como studium, a Fotografia se exibe como objeto indiferente de estudo, enquanto a expressão punctum define a instauração de um fenômeno no qual sujeito e foto se afetam.

Um dos legados da leitura de Barthes sobre a fotografia é a percepção da importância do conceito de "indice", que é desenvolvido posteriormente nas obras de Rosalind Krauss (em "O Fotográfico", e em "A originalidade da Vanguarda"), de Jean-Marie Schaeffer ("A imagem precária"), e Philippe Dubois ("O Ato Fotográfico"). Tal relação não apenas tem sido utilizada no campo da arte, como indica Krauss, mas vem permitindo o uso da Fotografia de modo crescente nas ciências
sociais.

Dispositivos formadores de imagem
A Fotografia se estabiliza como processo industrial no século XX articulando uma câmera ou câmara escura, como dispositivo
formador da imagem e um modo de gravação da imagem luminosa – uma superfície fotossensível, que pode ser filme fotográfico, o
papel fotográfico ou, no caso da fotografia digital, um sensor digital CCD/CMOS que transforma a luz em um mapa de impulsos elétricos, que serão armazenados como informação em um cartão digital de armazenamento. Nesse processo fica evidente a relação entre a Fotografia e seus processos análogos. Por exemplo, a fotocópia ou máquina xerográfica, forma imagens permanentes mas usa a transferência de cargas elétricas estáticas no lugar do filme fotográfico, disso provém o termo eletrofotografia. Na raiografia, divulgada por Man Ray em 1922 imagens são produzidas pelas sombras de objetos no papel
fotográfico, sem o uso de câmera. E podem-se colocar objetos diretamente do digitalizador (scanner) para produzir figuras
electronicamente.

Fotógrafos controlam a câmera ao expor o material fotosensível (filme ou ) à luz, o que se altera qualitativa e quantitativamente segundo as possibilidades de cada aparelho. Os controles são geralmente inter-relacionados, por exemplo, a exposição varia segundo a abertura (que determina a quantidade de luz) multiplicado pela velocidade do Obturador (que determina um tempo de exposição), o que varia o tom da foto, a profundidade de campo fotográfico e o grau de corte temporal
do modelo fotografado. Diferentes distâncias focais das lentes permitem variar a conformação da profundidade da iagem, bem como seu ângulo.

Os controles das câmeras podem incluir:

Foco
Abertura das lentes
Tempo de exposição (ou velocidade de abertura do obturador)
Distância focal das objetivas fixas : (tele-objetiva, normal ou grande-angular), ou variáveis (zoom)
Sensibilidade do filme
Fotômetro

Usos da fotografia
A fotografia pode ser classificada como tecnologia de confecção de imagens e atrai o interesse de cientistas e artistas desde o seu começo. Os cientistas usaram sua capacidade para fazer gravações precisas, como Eadweard Muybridge em seu estudo da locomoção humana e animal (1887). Artistas igualmente se interessaram por este aspecto, e também tentaram explorar outros caminhos além da representação fotomecânica da realidade, como o movimento pictural. As forças armadas, a polícia e forças de segurança usam a fotografia para vigilância, identificação e armazenamento de dados.

História da fotografia
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado Betume da Judéia. Foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Em 1835 Daguerre desenvolveu um processo usando prata numa placa de cobre denominado daguerreotipo. Apesar dos diversos pesquisadores que desenvolvem ao longo do século XIX a Fotografia, como indica o historiador Geoffrey Batchen em seu livro Burning with Desire, considera-se que a data de invenção da Fotografia é a data de apresentação do processo de Daguerre à Assembleia Nacional Francesa, em 7 de Janeiro de 1839.

Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.Quase simultaneamente, William Fox Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas. Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia, mas demorou para
anunciar e não foi mais reconhecido como seu inventor. No Brasil, o francês radicado em Campinas-SP Hercule Florence
conseguiu resultados superiores aos de Daguerre, pois desenvolveu negativos, mas apesar das tentativas de disseminação do seu
invento, ao qual denominou "fotografia" - foi o legítimo inventor da palavra - não obteve reconhecimento à época. Sua vida e
obra só foram devidamente resgatadas em 1980 por Boris Kossoy. O daguerreotipo tornou-se mais popular pois atendeu à demanda
por retratos exigida da classe média durante a Revolução Industrial.

Esta demanda, que não podia ser suprida em volume nem em
custo pela pintura a óleo, deve ter dado o impulso para o desenvolvimento da fotografia. Nenhuma das técnicas envolvidas (a
câmara escura e a fotossensibilidade de sais de prata) era descoberta do século XIX. A câmara escura era usada por artistas no século XVI, como ajuda para esboçar pinturas, e a fotossensibilidade de uma solução de nitrato de prata foi observada por Johann Schultze em 1724.

Recentemente, os processos fotográficos modernos sofreram uma série de refinamentos e melhoramentos sobre os fundamentos de William Henry Fox Talbot. A fotografia tornou-se para o mercado em massa em 1901 com a introdução da câmera Brownie-Kodak e, em especial, com a industrialização da produção e revelação do filme. Muito pouco foi alterado nos princípios desde então, além de o filme colorido tornar-se padrão, o foco automático e a exposição automática. A gravação digital de imagens está crescentemente dominante, pois sensores eletrônicos ficam cada vez mais sensíveis e capazes de prover definição em comparação com métodos químicos.

Faz parte da cultura brasileira a figura do Fotógrafo Lambe-lambe, profissional que ficava nas praças tirando fotos comercialmente, quando adquirir uma máquina fotográfica era algo muito difícil devido ao seu alto valor comercial.

A Fotografia no cotidiano e na vida

A fotografia pode ser utilizada no processo de investigação do cotidiano de nossos estudantes, a fim de que mediante as imagens obtidas da escola, da família, da vizinhança, da cidade e das coisas que os cercam, eles sejam orientados, através de uma metodologia específica, para análise e estudo desses “momentos documentados” e suas correlações históricas, sociais, geográficas, étnicas e econômicas; na educação, a simples disponibilidade do aparato tecnológico não significa facilitar o processo ensino-aprendizagem. É preciso que o professor alie os recursos tecnológicos com os seus conhecimentos e estratégias de ensino, visando alcançar um objetivo: o conhecimento real da imagem fornecida através da fotografia

Fotografia em preto e branco

A lua em P&B.Ver artigo principal: Fotografia em preto e branco
A fotografia nasceu em preto e branco, ou melhor, preto sobre o branco, no inicio do século XIX. Desde as primeiras formas de
fotografia que se popularizaram, como o daguerreótipo, aproximadamente na década de 1823, até aos filmes preto e branco atuais, houve muita evolução técnica, e diminuição dos custos. Os filmes atuais hoje têm uma grande gama de tonalidade, superior mesmo aos coloridos, resultando em fotos muito ricas em detalhes. Por isso as fotos feitas com filmes PB são superiores as fotos coloridas convertidas em PB.

Meio tom
As fotografias preto e branco se destacam pela riqueza de passagens de tons; a fotografia colorida, entretanto, não capta apropriadamente as nuances sutis de mudanças tonais. Podemos afirmar, desta forma, que a fotografia preto e branco é mais apropriada para a captura de meios tons. Na P&B se aproveita a luz e a sombra para efeitos que as deixam bem mais bonitas -­ tanto que há quem fotografe apenas preto e branco mesmo com o advento do equipamento digital. Desta forma, é precipitado o debate que coloca em xeque os processos químicos preto e branco frente à tecnologia digital.

Fotografia colorida

A fotografia colorida foi explorada durante o século XIX e os experimentos iniciais em cores não puderam fixar a fotografia nem prevenir a cor de enfraquecimento. Durante a metade daquele século as emulsões disponíveis ainda não eram totalmente capazes de serem sensibilizadas pela cor verde ou pela vermelha (total sensibilidade a cor vermelha só foi obtida com êxito total no começo do século XX). A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico James Clerk Maxwell.

O primeiro filme colorido, o Autocromo, somente chegou ao mercado no ano de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata.

O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfacolor em 1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963.

A fotografia colorida pode formar imagens como uma transparência positiva, planejada para uso em projetor de slides (diapositivos) ou em negativos coloridos, planejado para uso de ampliações coloridas positivas em papel de revestimento especial. O último é atualmente a forma mais comum de filme fotográfico colorido (não digital), devido à introdução do equipamento de foto impressão automático.

Fotografia digital
Fotografia digital é a fotografia tirada com uma câmera digital ou determinados modelos de telefone celular, resultando num arquivo de computador que pode ser editado, impresso, enviado por e-mail ou armazenado em websites ou CD-ROMs.

A fotografia tradicional era um fardo considerável para os fotógrafos que trabalhavam em localidades distantes (como correspondentes de órgãos de imprensa) sem acesso às instalações de produção. Com o aumento da competição com a televisão,
houve um aumento de pressão para transferir imagens aos jornais mais rapidamente.


O sensor de CCD que substitui o filme nas câmeras digitais.Fotógrafos em localidades remotas carregariam um minilaboratório fotográfico com eles, e alguns meios de transmitir suas imagens pela linha telefônica. Em 1990, a Kodak lançou o DCS 100, a primeira câmera digital comercialmente disponível. Seu custo impediu o uso em fotojornalismo e em aplicações profissionais, mas a fotografia digital nasceu.

Em 10 anos, as câmeras digitais se tornaram produtos de consumo, e estão provavelmente substituindo gradualmente suas equivalentes tradicionais em muitas aplicações, pois o preço dos componentes eletrônicos cai e a qualidade da imagem melhora.

A Kodak anunciou em Janeiro de 2004 que não vai mais produzir câmeras reutilizáveis de 35 milímetros após o fim desse ano.

Entretanto, a fotografia "líquida" vai durar, pois os amadores dedicados e artistas qualificados preservam o uso de materiais
e técnicas tradicionais.

Na fotografia digital, a luz sensibiliza um sensor, chamado de CCD ou CMOS, que por sua vez converte a luz num código electrônico digital, uma matriz de números digitais (quadro com o valor das cores de todos os pixels da imagem), que será armazenado num cartão de memória. Tipicamente, o conteúdo desta memória será mais tarde transferido para um computador. Já é possível tambem transferir os dados diretamente para uma impressora, gerar uma imagem em papel, sem o uso de um computador.

Uma vez transferida para fora do cartão de memória, este poderá ser apagado e reutilizado.

Álbuns virtuais
Com a popularização da fotografia digital, surgiram sites na internet especializados em armazenar fotografias. Suas imagens podem ser vistas por qualquer pessoa do planeta. Elas ficam organizadas por pastas e podem ser separadas por assuntos a sua escolha.

Os Álbuns Virtuais podem ser usados com vários propósitos, veja abaixo alguns deles:

Portfólio: Muito usado por fotógrafos amadores/profissionais para mostrar seu trabalho.

Armazenamento: Quem não quer ocupar espaço no seu HD pode usar o álbum para armazenar suas fotografias.

Negócios: Outros usam os álbuns para vender seus trabalhos fotográficos.

Fotojornalismo

Um exemplo de fotografia jornalística: Migrant Mother, de Dorothea Lange (1936).Ver artigo principal: Fotojornalismo
O fotojornalismo preenche uma função bem determinada e tem características próprias. O impacto é elemento fundamental. A
informação é imprescindível. É na fotografia de imprensa, um braço da fotografia documental, que se dá um grande papel da fotografia de informação, o fotojornalismo. É no fotojornalismo que a fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir informações. E essas informações podem ser passadas, com beleza, pelo simples enquadramento que o fotógrafo tem a possibilidade de fazer. Nada acontece hoje nas comunicações impressas sem o endosso da fotografia. Existem, basicamente, quatro gêneros de fotografia jornalistica:

As fotografias sociais: Nessa categoria estão incluídas a fotografia política, de economia e negócios e as fotografias de
fatos gerais dos acontecimentos da cidade, do estado e do país, incluindo a fotografia de tragédia.
As fotografias de esporte: Nessa categoria, a quantidade de informações é o mais importante e o que influi na sua publicação.
As fotografias culturais: Esse tipo de fotografia, tem como função chamar a atenção para a notícia antes de ela ser lida e nisso a fotografia é única. Neste item podemos colocar um grande segundo grupo, a esportiva, pois no fotojornalismo o que mais vende após a polícia é o esporte.

As fotografias policiais: muitos, quase todos os jornais exploram do sensasionalismo para mostrar acidentes com morte, marginais em flagrante, para vender mais jornais e fazer uma média com os assinantes. Pode-se dizer que há uma rivalidade entre os jornais para ver qual aquele que mostra a cena mais chocante num assalto, morte, acidente de grande vulto.

A fotografia nos meios de comunicação social, principalmente em impressos(jornais, revistas e folhetos) é o mais importante, sem uma imagem o material fica pobre.

A fotografia em preto e branco publicada em jornais, existe há mais de cem anos e é uma das caracteristicas do fotojornalismo. Embora, a fotografia colorida tenha ganhado espaço nessa categoria, no início dos anos 70 com as revistas semanais como Veja e Epoca (revistas brasileiras).

Visão periférica
Com o passar dos tempos os repórteres-fotográficos desenvolvem o que podemos chamar de visão periférica, uma graduação maior

de visão.Os graus de visão do repórter aumentam por ter que cuidar à distancia e próximo, exemplo claro disso é o futebol,

onde ambos extremos são utilizados.

Fotojornalismo independente
A idéia do fotojornalismo independente surgiu na França após a II Guerra Mundial. Formou-se agencia de fotografos com um mesmo objetivo: ter liberdade de pauta, discutir os trabalhos realizados, se aprofundar nas reportagens e sobretudo lutar pelos direitos autorais e a posse dos negativos originais. A Agência Cooperativa Magnum, fundada em 1947 em Paris, por quatro fotografos: Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seymour e George Rodger, foi a pioneira. O movimento de reconstrução da Europa e o progresso tecnológico exigido pela destruição da guerra proporcionaram a criação de uma forma nova de fazer e comercializar a fotografia e discutir sua função. Paris, pela sua importância geográfica e ideológica, facilitava isso. A
criação dessa nova forma de agenciar imagens viria modificar toda a história do fotojornalismo no mundo.

Agências de notícias
Com o tempo, as Agências de Notícias proliferaram-se, e hoje muitos jornais de pequeno e médio porte criam agências, agenciando seus fotógrafos para venda de seus trabalhos e em redes de jornais a circulação interna das fotografias. Podemos observar sobre as imagens a agência ou a abreviatura.

Paparazzi
Com a História da morte da princesa Diana se criou um folclore sobre os Paparazzi, esses fotógrafos de ocasião podem chegar a ficar famosos em virtude de suas fotos. Estar a postos com uma câmara na mão basta para registrar uma imagem que pode render muito dinheiro, e também reputação. A cantora norte americana Britney Spears costuma ser alvo dos paparazzis que faturam milhões com fotos dela em ocasiões constrangedoras , certas partes dos EUA já adotaram politicas contra este tipo de profissional .

Crédito fotográfico - direito autoral
No Brasil a lei do direito autoral garante ao fotógrafo, pode ser a primeira de sua vida, mas que tenha o nome do seu autor.

Ao observarmos as publicações de renome e as que são dignas publicam num cantinho da fotografia o nome do fotógrafo, mesmo que acompanhado de possível Agência de Notícias, bem como seu veículo de comunicação. O crédito fotográfico obrigatório em todas as publicações, mundialmente conhecido como tal onde o nome do fotógrafo deve constar na obra.

Fotografia publicada
Na maioria dos meios de comunicação os fotógrafos independentes ganham por foto publicada, então, se enviam dezenas de fotografias e só uma for publicada só receberão por ela. Para muitos, principalmente quem está iniciando é algo muito bom ver seu crédito fotográfico.

Lentes/Objetivas
Ver artigo principal: Lente fotográfica
Para entender um pouco de objectivas, uma de 24mm equivale a um campo de visão de 75 graus, e uma objetiva de 300mm equivale a um campo de visão de 12 graus. Com a lente olho de peixe de 6mm, 8mm ou 12mm, o fotógrafo inclui um campo de visão de mais de 190 graus. Uma 500mm (aquelas que vemos em jogos de futebol, por exemplo) consegue fotografar só o guarda-redes do outro lado do campo de futebol. Ou seja, as lentes com valores inferiores a 50mm são consideradas grande angulares, e com valores acima de 150mm são consideradas teleobjetivas.

Fotógrafo

Fotógrafo é a pessoa que tira fotografia, usando uma câmera. É geralmente considerado um artista, pois faz seu produto (a
foto) com a mesma dedicação e da mesma forma que qualquer outro artista visual.

Amadores e profissionais
Quando um determinado autor de fotografias baseia grande parte do seu rendimento nesta atividade, diz-se ser um fotógrafo profissional.

Por vezes, o adjetivo profissional é usado erroneamente na fotografia para valorizar uma determinada imagem fotográfica ou perícia de um autor. Na realidade, a qualidade da fotografia nem sempre está relacionada com o fato do seu autor ser ou não profissional. Muitos amadores realizam com regularidade imagens mais bem sucedidas que muitos profissionais.

Na realidade "profissional" refere-se apenas à profissão do autor, e não à qualidade do trabalho. Ao mesmo tempo que um profissional pode realizar um trabalho mal feito, pode-se entender melhor, adiante no parte de "arte".

O adjetivo amador, quando atribuído a um fotógrafo, pode ter um significado muito vasto. Pessoas que apenas fotografam a sua
família e vida, para uso pessoal, consideram-se fotógrafas amadores. Outros fotógrafos amadores chegam a publicar livros, realizar exposições e dedicam uma vida inteira ao estudo da fotografia.

Especializações do fotógrafo
Uma vez que na atualidade a fotografia serve um vasto campo de assuntos e objetivos, foram criadas especializações. O
fotógrafo especializa-se para melhor dominar a técnica de um determinado tipo de fotografia ou assunto. As especializações
mais conhecidas são a foto reportagem (de eventos sociais), moda, o fotojornalismo, a paisagem, o retrato e a publicitária
arte da fotografia de objetos em estúdio).

Formação de um fotógrafo
A formação em fotografia numa escola de arte pode realizar-se através de um curso de fotografia ou de várias disciplinas de fotografia integradas em cursos de arte, design, pintura, multimídia, cinema, jornalismo e etc. Normalmente estes cursos estão orientados para o exercício da fotografia enquanto arte. Numa escola profissional, a formação em fotografia está mais orientada para o exercício da fotografia enquanto profissão comercial. Já a Focus Escola de Fotografia utiliza o trinomio: Técnica, Estética e forma de Expressão Visual.

Memória e Afeto

Fotografia e memória.Na fotografia encontra-se a ausência, a lembrança, a separação dos que se amam, as pessoas que já faleceram, as que desapareceram.

Para algumas pessoas, fotografar é um ato prazeroso, de estar figurando ou imitando algo que existe. Já para outras, é a
necessidade de prolongar o contato, a proximidade, o desejo de que o vínculo persista.

Strelczenia, 2001, apud Debray (1986, p. 60) assinala que a imagem nasce da morte, como negação do nada e para prolongar a vida, de tal forma que entre o representado e sua representação haja uma transferência de alma. A imagem não é uma simples metáfora do desaparecido, mas sim “uma metonímia real, um prolongamento sublimado, mas ainda físico de sua carne”.

A foto faz que as pessoas lembrem do seu passado e que fiquem conscientes de quem são. O conhecimento do real e a essência de
identidade individual dependem da memória. A memória vincula o passado ao presente, ela ajuda a representar o que ocorreu no tempo, porque unindo o antes com o agora temos a capacidade de ver a transformação e de alguma maneira decifrar o que virá.

A fotografia captura um instante, põe em evidência um momento, ou seja, o tempo que não pára de correr e de ter transformações. Ao olhar uma fotografia é importante valorizar o salto entre o momento em que o objeto foi clicado e o presente em que se contempla a imagem, porém a ocasião fotografada é capaz de conter o antes e depois.

Confia-se, portanto, na capacidade da câmera fotográfica para guardar os instantes que se consideram valiosos. Tirar fotografias ajuda a combater o nada, o esquecimento. Para recordar é necessário reter certos fragmentos da experiência e esquecer o resto. São mais os instantes que se perdem que os que podemos conservar. Segundo Strelczenia (2001), “A memória se
premia recordando, fazendo memorável; se castiga com o esquecimento ”.
Fotografa-se para recordar, porque os acontecimentos terminam e as fotografias permanecem, porém não sabemos se esses momentos foram significativos em si mesmos ou se tornaram memoráveis por terem sido fotografados.

A memória é constitutiva da condição humana: desde sempre o homem tem se ocupado em produzir sinais que permaneçam mais além do futuro, que sirvam de marca da própria existência e que lhe dêem sentido. A fotografia traz consigo mais daquilo do que se vê. Ela não somente capta imagens do mundo, mas pode registrar o “gesto revelador, a expressão que tudo resume, a vida que o movimento acompanha, mas que uma imagem rígida destrói ao seccionar o tempo, se não escolhemos a fração essencial imperceptível” (CORTÁZAR, 1986,p.30)

Todo esse campo de interpretação que a fotografia permite parte de vários fatores, ingredientes que agem profundamente (nem
sempre visíveis) no significado da imagem. Segundo Lucia Santaella e Winfried Nöth (2001), esses elementos são: o fotógrafo,
como agente; o fotógrafo, a máquina e o mundo, ou seja, o ato fotográfico, a fenomenologia desse ato; a máquina como meio; a
fotografia em si; a relação da foto com o referente; a distribuição fotográfica, isto é, a sua reprodução; a recepção da foto, o ato de vê-la.

É no ensaio fotográfico que a pessoa busca a emoção, algo que ela nunca tenha sentido. A fotografia é capaz de ferir, de comover ou animar uma pessoa. Para cada um ela oferece um tipo de afeto. Na composição de significado da foto, segundo Barthes (1984), há três fatores principais: o fotógrafo (operator), o objeto (spectrum) e o observador (spectator). O fotógrafo lança seu olhar sobre o assunto, ele o contamina e faz as fotos segundo seu ponto de vista. O objeto (ou modelo) se modifica na frente de uma lente, simulando uma coisa que não é. No caso do observador, ele gera mais um campo de significado, lançando todo o seu repertório e alterando mais uma vez a imagem.

Barthes (1984, p. 45) observa ainda a presença de dois elementos na fotografia, aquilo que o fotógrafo quis transmitir é chamado de studium, ou seja, é o óbvio, aquilo que é intencional. Já quando há um detalhe que não foi pré-produzido pelo autor, recebe o nome de punctum. Esse último gera um outro significado para o observador, fere, atravessa, mexe com sua interpretação.

Reconhecer o studium é fatalmente encontrar as intenções do fotógrafo, entrar em harmonia com elas, aprova-las, dicuti-las em mim mesmo, pois a cultura (com que tem a ver o studium) é um contrato feito entre os criadores e os consumidores. (...) A esse segundo elemento que vem contrariar o studium chamarei então punctum. Dessa vez, não sou eu que vou busca-lo, é ele que parte da cena, como uma flecha, e vem me transpassar (BARTHES, 1984, p. 48).

Por meio das fotografias descobre-se a capacidade de obter camadas inteiras e de emoções que estão escondidas na memória.

Também se pode descobrir e obter novas significações que naqueles momentos não estavam explícitas.

As imagens são aparentemente silenciosas. Sempre, no entanto, provocam e conduzem a uma infinidade de discursos em torno delas.

Fotografia como arte
O homem sempre tentou reter e fixar movimentos do mundo, começando com desenhos na caverna, passando pela pintura em tela e escultura, e, por fim, chegando a fotografia. Esse é um meio de comunicação de massa, sendo muito popular em nossos dias e nascido na Revolução Industrial.

De acordo com Barthes, muitos não a consideram arte, por ser facilmente produzida e reproduzida, mas a sua verdadeira alma está em interpretar a realidade, não apenas copiá-la. Nela há uma série de símbolos organizados pelo artista e o receptor os interpreta e os completa com mais símbolos de seu repertório.

Fazer fotografia não é apenas apertar o disparador. Tem de haver sensibilidade, registrando um momento único, singular. O fotógrafo recria o mundo externo através da realidade estética.

Em um mundo dominado pela comunicação visual, a fotografia só vem para acrescentar, pode ser ou não arte, tudo depende do contexto, do momento, dos ícones envolvidos na imagem. Cabe ao observador interpretar a imagem, acrescentar a ela seu repertório e sentimento.

«Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração.»
(Henri Cartier-Bresson)

Fotografia em estúdio
Uma das vantagens de um estúdio grande, é permitir uma maior distância entre o motivo e o fundo. Em condições com pouco espaço, é difícil iluminar os dois separadamente, e há o perigo de as sombras do motivo se formarem sobre o fundo. Iluminando o fundo independentemente, ele pode ser transformado de centenas maneiras. Dê-lhe uma iluminação gradual, iluminando a parte superior e a parte inferior de maneiras diferentes. Em alternativa, projecte formas ou cores sobre o fundo, colocando sobre as luzes máscaras (chamadas gobos) ou acetatos coloridos. Os rolos de papel branco ou preto são os fundos mais utilizados e os mais versáteis. Os rolos podem ser suspensos do alto da parede de um estúdio, e depois puxados até baixo e estendidos

sobre o chão do estúdio, criando uma curvatura de forma a que a junção da parede com o chão não seja visível nas fotografias.

A medida que o papel se vai estragando ou sujando, corta-se essa parte e puxa-se mais papel de rolo Há uma grande variedade de fundos à venda nas lojas da especialidade, mas saiba que os fundos simples muitas vezes resultam melhor, uma vez que não desviam a atenção, e porque num estúdio pequeno nem sempre é possível desfocar as formas mais elaboradas que o fundo possa ter.

Velocidade do obturador
O tempo durante o qual o obturador permanece aberto determina a quantidade de luz que chega ao filme. Ao seleccionar uma
velocidade do obturador, verifique se a câmara está suficientemente firme. Quanto mais firme estiver, mais baixa poderá ser a velocidade do obturador utilizada. Mesmo um movimento minúsculo durante a exposição poderá fazer com que toda a imagem fique tremida. Usar um tripé é a única maneira de garantir o êxito de uma fotografia que exija um tempo de exposição longo. Com uma teleobjectiva, a instabilidade da câmara é mais notável do que com uma grande-angular, por isso, quanto maior for a objectiva, maior será a velocidade de obturador necessária. Além de "congelar" a acção, a velocidade do obturador permite criar efeitos que sugerem movimentos, ou efeitos especiais com o zoom.

Efeito de Panning
Nem sempre é necessário usar uma velocidade do obturador tão alta. Muitas vezes pode acompanhar-se o movimento enquanto se dispara, para o compensar, usando uma técnica chamada "panning".

Congelar o movimento
A velocidade do obturador desempenha um papel importante na transformação de motivos em movimento numa imagem estática.
Quanto menos tempo o obturador permanecer aberto, menos o motivo se moverá dentro do enquadramento e mais nítido ficará. Por isso utiliza-se uma maior velocidade ao fotografar um motivo em movimento, como uma to a grande velocidade ou um cavalo a correr. Há ainda outros factores a considerar. Primeiro, a velocidade real do motivo não indica necessariamente a rapidez com que a imagem irá mudar no visor. Se um motivo se dirigir directamente para a câmara ou se se afastar dela, a imagem mudará mais lentamente do que se ele passar perpendicularmente, e será necessária menos velocidade do obturador para "congelar" o
movimento. Um movimento em diagonal no enquadramento necessitará de uma velocidade de obturador intermédia. O tamanho da imagem também é importante:um comboio visto como um ponto no horizonte não aparecerá mover-se tão depressa como uma papoila oscilando ao sabor de uma brisa suave em frente da objectiva. Quanto maior a distância focal e mais próximo do motivo, maior a velocidade do obturador.

Sugestões profissionais
Se tenciona ampliar a fotografia para o tamanho de um poster, qualquer movimento do motivo será muito mais perceptível do que se a utilizar em formato miniatura numa página web.
Lembre-se de que há movimento em que muitas cenas que à primeira vista parecem estáticas: pessoas a passar numa foto de arquitectura, pássaros a voar numa paisagem e árvores que se vergam ao vento. Poderá ser necessário aumentar a velocidade do obturador para compensar.
Uma velocidade do obturador que congele um movimento por completo poderá não dar os melhores resultados. Muitas vezes há um mérito artístico ao sugerir velocidade, deixando que o motivo crie um desfoque no filme.

[editar] Ver também
Albertipia
Câmera Diana
Câmera escura
Fotografia espírita
Fotografia Kirlian
Gelatin-silver process
Holografia
Jornalismo
Lomografia
Objectiva
Processo platina / paládio

Ampliador
Câmera digital
Filme fotográfico
Filtro fotográfico
Flash fotográfico
Formatos de filme
Fotojornalismo
Lente fotográfica
Projetor de slide
Revelação fotográfica

Histórico
Cronologia da tecnologia fotográfica
Fotografia no Brasil
História da fotografia
Lista de fotografias
Lista de fotógrafos
Nu masculino na história da fotografia

Bibliografia
BERNIER, Jules. 200 assuntos fotograficos. 1. ed. São Paulo: Iris, 1970. 168 p.
BUSSELLE, Michael. Tudo sobre fotografia. São Paulo: Círculo do Livro, 1988. 224 p.
GURAN, Milton. Linguagem fotográfica e informação. 3. ed. Rio de Janeiro: Gama Filho, 2002. 119 p.
HEDGECOE, John. Guia completo de fotografia. São Paulo: Martins Fontes, 1996-2001. 224 p.
HUMBERTO, Luis. Fotografia, a poética do banal. Brasília: Universidade de Brasília, 2000. 105 p.
LIMA, Ivan. Fotojornalismo brasileiro : Realidade e linguagem. 1. ed. Rio de Janeiro: Fotografia Brasileira, 1989. 90 p.
MOURA, Edgar. 50 anos luz, câmera e ação. 2. ed. São Paulo: SENAC, 2001. 444 p.
SOUSA, Jorge Pedro. Uma história crítica do fotojornalismo ocidental. Chapecó: Argos, 2004. 255 p.

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