domingo, 5 de julho de 2009

Vai comprar sua maquina fotografica? Veja aqui as dicas

O fotógrafo muito amador aqui do caderninho circulou durante alguns dias com a mais nova arma da Kodak para o crescente mercado de... fotógrafos amadores. Com resolução de 8 megapixels, a P880 é uma câmera sob medida para quem está cansado das compactas com poucos recursos (tipo a saudosa Sony P32) e começa a ficar um pouco mais exigente, por despeito ou qualquer outra razão.

A primeira característica evidente da Kodak P880 é o seu jeitão. Design bacana, parece quase uma profissional de pequeno porte. Nas ruas, chama a atenção pelas suas dimensões (11,4cm de comprimento; 9,7cm de altura e 9,1cm de largura).

A máquina pesa pouco mais de meio quilo, o que pode ser incômodo em alguns momentos. O zoom (5.8x) é acionado manualmente, contribuindo para a longa vida da bateria - se, claro, não estivermos com o ótimo monitor de 2,5 polegadas permanentemente ligado. O visor (115 mil pixels de resolução) dá total conta do recado, reproduzindo inúmeras informações sobre as imagens e sobre os ajustes da própria câmera.

Falta tropicalizar as digitais

A lente não é intercambiável, nem precisa: para o público a que se destina, a P880 bate um bolão. Pelas fotos que a gente vê aqui ao lado, dá para perceber que o mais importante é estar com o olho atento. Até porque, e eis aqui um probleminha, a captura nem sempre é imediata. E para quem gosta de foco, melhor avisar: o foco automático é meio lento, o que nos faz perder um flagrante por coisa de um ou dois segundinhos. O jeito é tentar antever a cena - e é aí que está o bom da brincadeira...

À parte a chatice com o foco no modo Automático, a P880 saiu-se bem na maior parte das tarefas a que foi submetida ao longo do teste. A câmera está pré-configurada para 15 outras situações, como paisagem, retrato noturno, contraluz, neve ou luz de velas, entre outras. No geral, respondem bem. A exceção talvez seja a do modo Praia, até porque, diria eu, digitais desse tipo ainda não estão devidamente tropicalizadas . As fotos feitas nas praias do Rio, por exemplo, acabam prejudicadas pelo sol inclemente. Nem o simpático pára-sol ajuda muito. Não importa, porque não é problema exclusivo da Kodak.

Além, naturalmente, do modo Manual ou do controle de obturador e diafragma, a P880 conta ainda com três posições que podem ser configuradas pelo próprio usuário - e é neste caso é que se enquadra o sujeito que deixa de lado o modo Automático e começa a fuçar a máquina com olhos menos inocentes. Vale, neste caso, um alentado passeio pelo menu - que, excepcionalmente, está disponível em português.

Muitos recursos, tantas emoções...


No meio caminho entre a amadora e a profissional, o que a gente encontra na P880 é uma câmera com recursos como o contato PC e a saída para energia elétrica, por exemplo, dificilmente disponíveis em câmeras mais baratas.

Também merecem ponto positivo o joystick com que o fotógrafo passeia pelo menu, o alcance do flash embutido, o ajuste de cores, nitidez e contraste, etc. etc. etc.

Enfim, é uma máquina com muitos recursos, e é pena que a gente não tenha tanto espaço para comentar mais sobre a P880. Antes de comprá-la, vale consultar outras fontes, na internet. Evidentemente, há quem fale mal dela.

De qualquer maneira, fica o resumo da ópera: ao preço sugerido de R$ 2.999 (embora no Avenida Central, no Centro do Rio, seja possível encontrá-la mais em conta), a P880 é uma certeira indicação de que a Kodak não está brincando. Outra prova disso, por sinal, é a pequena V550 (5 megapixels/R$ 1.999,99), que também merece uma deferência do caderninho, por conta de seu peso (160 gramas), seu tamanho (apenas 22 mm de largura) e a rapidez no clique. Para quem gosta de fotografar discretamente, é uma boa sugestão. Mas essa seria outra história, para uma próxima oportunidade.

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