segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Brasil, além Brasil. Exposição de Bernie DeChant é um presente para Curitiba

O americano Bernie DeChant faz de suas fotografias obras de arte, com títulos sugestivos. Em algumas narra fatos, que estão à disposição de todos, mas que só o olhar atento do fotógrafo consegue destacar. Em outras, cria imagens que parecem cenas em quadros pintados, com plástica de fotografia de cinema. Faz poesia sem utilizar uma só palavra.


Inédita no Brasil, a exposição, composta por 41 imagens, marca a inauguração de uma nova sala expositiva no Museu, a Galeria Oscar Niemeyer, localizada no subsolo, no antigo espaço da Ação Educativa. A mostra tem o patrocínio da Companhia Paranaense de Energia (COPEL) e o apoio do Ministério da Cultura, do Governo do Paraná e da Caixa.


Na seleção feita pelo curador Andy Patrick, uma das características da obra de DeChant que chama a atenção do observador são os grafismos, que ele obtém através do corte do objeto escolhido, do ângulo e da luz. Com formação em design gráfico, DeChant transporta todo esse conhecimento para suas imagens; por vezes coloridas, em outras preto e branco, mas sempre em permanente diálogo uma com a outra, como poderá ser percebido na montagem das obras na sala expositiva.


Exemplares desse grafismo ou a geometria de DeChant estão nas obras “Universo Paralelo” (PB), “Gaiola de Pássaro” (PB), “Desembaraço” (PB), “Alinhamento” (colorida) e “Centro” (colorida). Desde os 9 anos, impressionado pela obra de Oscar Niemeyer, na criação de Brasília, sobre a qual dizia “essa é a cidade do futuro”, o fotógrafo traduziu a modernidade do arquiteto brasileiro nas obras “Desembaraço” e “Alinhamento”. Na primeira, mostra a fachada de um dos prédios da capital federal refletida no espelho d’água, a formar a mesma trama quadriculada da fachada. Em “Alinhamento” utiliza recurso semelhante para mostrar novo ângulo de outra fachada de um prédio, assim como na obra “Centro”, que destaca o quadrado perfeito do cruzamento de uma avenida da Califórnia, vista do alto.


Exatamente a temática que inspira e serve como um dos focos da obra do fotógrafo: as cidades do mundo, suas formas, cores, ritmos e, especialmente, a geometria flagrada em recortes urbanos. Não importa em que país estejam, Bernie encontra, nas cidades do mundo, similaridades e complementos. Em suas cenas reúne a arte, a arquitetura e o design. Entre as imagens incluídas na mostra está, por exemplo, a promessa futurista de Brasília em contraste com a Tóquio colorida, moderna, universal e cosmopolita; a China milenar e o exótico Marrocos; e a Lisboa de prédios altos. Como em um “raio x” dos lugares por onde passa, em suas viagens pelo mundo, o olhar de fotógrafo estrangeiro registra o ambiente, os costumes e a rotina das cidades.


Os contrastes e as semelhanças estéticas na arquitetura é um dos três núcleos que divide a mostra. As formas abstratas e as formas humanas conceituam os outros dois segmentos no qual DeChant trabalha nesta exposição. Atento ao Brasil, o fotógrafo traduziu a favela carioca da Rocinha na sugestiva obra “Ninho de Dados” (colorida), a grande obra abstrata da mostra. “Ninho de Dados” nada mais é do que um emaranhado encontro de fios na cabeceira de um poste da Rocinha. A favela também ganha destaque em “Craca de Rochedos” (colorida), em diálogo com “Blocos Construtivos” (colorida), foto do Pelourinho (Salvador-BA), nas quais o fotógrafo mostra as conjugadas construções pelos morros, parecendo formar um único grande bloco.


A plástica da fotografia de cinema é flagrante no segmento das formas humanas. Na obra “Hollywood” (PB) se vê apenas a imagem em primeiro plano de parte dos braços de um homem em que o rosto está oculto pelo chapéu, em contraste com a obra colorida “Depois do Jantar”, onde aparece outro homem de chapéu, fotografado de costas e, portanto, também com o rosto oculto. “Depois de horas” (colorida), “Hora do fechamento” (PB) e “Georgina” (colorida), aparecem cenas a meia luz que transmitem toda a atmosfera dos ambientes em que estão as mulheres que protagonizam cada quadro.


O que une as fotografias em exibição é que todas elas dialogam entre si.


Depois do Jantar, Nova York


Hollywood Los Angeles, Califórnia


Serviço: Brasil, além Brasil
Patrocínio: COPEL
Visitação: de 20 de junho a 07 de fevereiro de 2010
Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes, 999 - Curitiba Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h R$ 4,00 inteira e R$ 2,00 estudantes

Brasileiro é escolhido como o melhor fotógrafo de casamento do mundo

Fonte: Thiago Ventura
Portal Uai


O talento de um mineiro em registrar a emoção de uma noiva ou o momento decisivo de uma festa de casamento foi reconhecido por um concurso internacional. Vinícius Matos foi escolhido como melhor fotógrafo de casamento do mundo pela International Society of Wedding Photographers – ISWP, a mais importante associação mundial do segmento.


Vinícius concorreu com outros 800 profissionais de vários países e foi escolhido como “fotógrafo da verão”. O concurso é feito em quatro temporadas e o mineiro já havia sido relacionado nas duas últimas estações. Uma boa posição na próxima competição poderá assegurar o título de “fotógrafo do ano”.


Veja as fotos premiadas


Além da primeira colocação geral, o mineiro tirou o 1º lugar na categoria “vestido de noiva”, segundo em “iluminação, local e crianças” e figurou em outras cinco categorias. É a primeira vez que um brasileiro vence a disputa e o único na Top 20.


Por coincidência, Vinícius estava nos Estados Unidos quando ficou sabendo do resultado, ao chegar em um evento. Segundo ele, a ficha ainda não caiu. “É muito importante não só para mim, mas para a fotografia brasileira. No país temos um trabalho bom que não deixa nada a desejar para os de fora. Basta acreditar e correr atrás”, resume.


Veja mais fotos de Vinícius Matos


Fotografias de um casamento interessam, via de regra, para os noivos, parentes e amigos. No entanto, as imagens de Matos possuem um quê artístico e têm uma qualidade plástica capaz de encantar qualquer espectador. Ângulos inusitados, luz natural e baixa velocidade criam fotos bonitas de se ver e que não perdem em nada para trabalhos documentais ou artísticos.


Segundo Matos, a fotografia de casamento deu um salto a partir da década de 90. Profissionais formados em outras escolas, como o fotojornalismo ou a fotografia comercial, passaram a trabalhar na área, propondo uma nova proposta. “Estabeleceu-se um novo padrão estético e elevou-se a concorrência. O cliente também passou a ter mais opção e ficar mais seletivo”, afirma.


Arte escondida


Apesar do sucesso, a história de Vinícius com a fotografia profissional não é de longa data. Formado em Administração e com dois MBAs, ele trabalhava na área de marketing de uma empresa, mas não estava satisfeito e começou a procurar outra atividade.


“A fotografia começou como um hobby há cerca de sete anos, mas nunca imaginei que trabalharia profissionalmente. Em julho de 2005 fui chamado às pressas para fazer um casamento e acabei aceitando mesmo a contragosto. Me apaixonei pelo oficio e descobri o que realmente gosto de fazer”, conta.


Ele criou uma empresa de cobertura fotográfica, especializada em casamentos. Além disso, é diretor da Escola de Imagem, sendo requisitado até no exterior para ministrar cursos e workshops sobre fotografia.


Nos casamentos, Vinícius trabalha com um auxiliar e um fotógrafo assistente. Isso garante sua liberdade para experimentar durante a cerimônia, já que nenhuma noiva quer ficar sem a foto do beijo ou da bênção. Em alguns momentos é necessário uma direção de cena, para que a imagem fique perfeita, mas sem quebrar o clima do casal.


“Uma boa foto de casamento é quando você se sente naquele dia e naquele instante. Se uma noiva chora e se emociona ao ver o álbum, o trabalho foi bem feito. É preciso catalizar os sentimentos das pessoas para conseguir o objetivo”, esclarece.

domingo, 30 de agosto de 2009

Melhorando a imagens das fotografias digitais

Frequentemente as pessoas me questionam sobre como melhorar as imagens das fotografias obtidas em câmeras digitais, ou até mesmo, scanneadas a partir de negativos de filmes cromo.

Basicamente, realizo alguns ajustes nas cores, brilho, contraste, hue, saturation, smudge e sharpen, utilizando um dos softwares mais conhecidos do mercado: O Photoshop.

Fabricado pela Adobe Systems, uma empresa tradicional no mercado de softwares gráficos e multimídia, o Adobe Photoshop é um dos programas mais utilizados pelos designers gráficos, tanto em tratamento de imagens para revistas e jornais, como em páginas web, pelos webdesigners.

Entendendo as cores

Basicamente há dois padrões de imagens, a vetorial e pixelada. No caso do padrão vetorial, as imagem tem como base, algorítimos, que neste caso, são cálculos matemáticos voltados as cores primárias, e que não possuem grande variações em tonalidades; mas possuem grande escalabilidade pois é possível ampliar ou diminuir o quanto desejar, que a imagens não sofrerão perdas e/ou distorções.

Nas imagens em pixels, existem pontos quadrangulares onde cada um destes possui uma cor que pode diferenciar de um ponto para o outro. As imagens vetoriais não tem valor para nós, pois ela não se emprega no caso.

Palheta de cores das imagens em pixels

Para um cada tipo de trabalho, existem padrões e extensões de arquivos adequados, onde cada um, detém características direcionadas para o objetivo final, como impressão, visualização na tela, adesivos e etc etc.

Ex. extensões de arquivos: .GIF .JPG . TIFF .PSD , dentre outros.

No caso de fotografias digitais, trabalharemos com as três últimas extensões, visto que a extensão .GIF , só trabalha com até 256 cores diferentes, e devido a isso, ao salvarmos uma imagem no computador com extensão .GIF, os arquivos ficam muito mais extensos e a qualidade cai drasticamente.

Antes de você processar a imagem tenha sempre em mente o seguinte:

.JPG - Você pode mandar para o laboratório fotográfico para impressão após tratar as imagens

.TIFF - Idem ao anterior, porém, o arquivo terá um tamanho bem maior e qualidade superior

.PSD - Idem aos dois anteriores e só podendo ser utilizado como Photoshop.

Tratando uma imagem

O tratamento de uma imagem requer paciência e algum treinamento, mas com a prática, facilmente você conseguirá chegar à um bom resultado rapidamente. Guarde as opções de edição no quadro abaixo:

Brilho e Contraste - Permite o clareamento, escurecimento e o realce do brilho da imagem.

Hue e Saturation - Permite a mudança de cores (em algumas ocasiões) e/ou o realce destas.

Sharpen - Em alguns casos, é possível com este comando, dar maior nitidez a imagem.

Smudge - É um pincel, onde ajuda a remover alguns pontos brancos como suspensão na foto.

Botando a mão na massa

Passo a passo, vou mostrar uma imagem no seu formato original e você verá a diferença final. Como você pode ver na foto 1, encontra-se escura devido a ausência ou baixa potência do flash-sub, além da falta de cores e nitidez.

O primeiro passo, é trabalhar com o brilho e contraste da foto. Para isso e já com o Photoshop aberto, clique na barra de opções, a opção Image, sem seguida em Adjustments, e finalmente em Brightness / Contrast. Irá aparecer um quadro para ajuste do brilho e contraste da imagem.

Para clarear, mova lentamente o indicador de intensidade do brilho (Brightness) para a direita até chegar a claridade desejada e sem deixar que fique exagerado. O resultado poderá ficar como a foto 2.

Depois, mova lentamente o indicador do contraste (Contrast) para a direita até o ponto desejado. Terminando as modificações, clique no botão OK para confirmar as modificações na imagem. Com isso, você obterá uma intensidade de luz mais forte, como demonstra a foto 3.

O próximo passo é atuar nas cores, dando maior ou menor intensidade. Para isso, clique no item Image da barra de opções, seguido de Adjustments e depois na opção Hue / Saturation.

Abrirá uma caixa de diálogo com três opções:

Hue: Troca de cores. Normalmente esta opção é mais utilizada em fotografias, pegando grande parte da água azulada ou esverdeada. Quando a água no local possui tonalidade esverdeada, você poderá colocá-la em tom azul, dando a impressão de que a água local é bem clara e com grande visibilidade. Tome cuidado apenas para não exagerar na mudança de tom de cores.

Saturation: Altera a saturação de cores, dando mais ou menos força nas cores.

Lightness: Dá mais luz em pixels coloridos, mais dificilmente você utilizará esta opção, opis já terá utilizado o brilho e contraste anteriormente.


Ciente da função de cada um deles, inicie pelo Saturation para fortalecer as cores da foto. Esta opção é muito utilizada na ausência do flash. Você poderá notar a diferença da foto 4 foto em relação à anterior.

Com o fortalecimento das cores conforme a foto 5, você ainda poderá utilizar dois tipos de ferramentas. o Sharpen e o Smudge. A foto 5,exibe o resultado utilizando-se o Sharpen 1 (uma) vez para dar maior nitidez. Para fazer isso, clique na barra de opções, depois no item Filter, em seguida no item Sharpen, e depois em Unsharp. Dê OK para ver como ficou.

Observe se a imagem ficou mais nítida e agradável. Caso contrário, pressione as teclas CTRL + Z ou clique na barra de opções a opção Edit, seguido de Undo Unsharp. Com isso, você estará cancelando o último comando aplicado.

Se a fotografia conter partículas de suspensão e/ou pontos que você acredite que possam ser removidos, utilize a opção Smudge para eliminar estes. Para isso, clique na barra de ferramentas e depois no ícone com uma mão fazendo indicação para baixo. Um círculo irá aparecer e lentamente, clique e mantenha o botão do mouse pressionado em cima do ponto a ser removido, movendo lentamente o mouse para o lado de uma cor que você deseja diluir com o ponto indesejado, como exemplo, veja a foto 6.

Após o tratamento da foto, basta salvar a imagem e partir para outra.

Resultado final

Por maior que seja o conhecimento em tratamento de imagens, muitas vezes não há o que fazer com uma foto, pois em determinadas condições algumas fotos não permitem um tratamento e melhoramento da imagem, mas com treinamento e persistência, você terá a oportunidade de melhorar ainda mais suas fotos antes de mandar revelar.

Um detalhe importante: A partir da versão 5 do Photoshop, há uma versão do Adobe Image Ready, que nada mais é, do que uma versão do Photoshop voltada para a web. Você pdoerá trabalhar diretamente com o Image Ready, para otimizar a geração dos arquivos .JPG.

Indepentende de um ou de outro, o importante é que essas ferramentas são uma excelente forma de você poder melhorar suas fotos, ou até mesmo, brincar e fazer algumas montagens como as duas fotos ao lado.



Foto 1 - Foto como foi tirada


Foto 2 - Foto com mais brilho


Foto 3 - Foto com mais constraste


Foto 4 - Foto com cores mais fortes


Foto 5 - Foto mais nítida ainda com partículas de suspensão


Foto 6 - Resultado final já sem as partículas de suspensão

Exemplo de imagem tratada

Arquipélago de Alcatazes antes do tratamento


Após o tratamento

Fotos gentilmente cedidas por Malú Ezipato

Clécio Mayrin

sábado, 29 de agosto de 2009

Detentos de cinco estados brasileiros fotografam o cotidiano das prisões

Publicado por Eduardo Chaves


Fonte: Golden Light BusinessUm ano antes da desativação da Casa de Detenção do Carandiru, em 2001, detentos aprenderam a utilizar câmeras de vídeo e documentaram o cotidiano do maior presídio da América Latina da época. O resultado virou o filme “O Prisioneiro da Grade de Ferro”, com direção de Paulo Sacramento.Com um enredo parecido, mas que não vai virar filme, o Depen (Departamento Penitenciário), do Ministério da Justiça, selecionou dez presidiários de cinco estados brasileiros para participar do projeto que tem o objetivo de mostrar a visão dos presos sobre o sistema carcerário.Os detentos foram escolhidos pela direção dos presídios para fotografarem as casas de detenções onde estão reclusos. “O critério para seleção foi o bom comportamento. Foram dez máquinas descartáveis com 28 poses cada”, diz Gisele Peres, agente penitenciária federal. “A ideia é de levarmos através da exposição ‘Lentes Retratos da Realidade Penitenciária’ o olhar dos presos brasileiros”, completa.Serão selecionadas trinta fotos, que serão expostas no 1º Conseg (Conferência Nacional de Segurança Pública), que acontece de 27 a 30 de agosto, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. “Não estamos querendo promover penitenciária modelo, por isso, não serão escolhidas as fotos mais belas, serão avaliados os conceitos”, diz a agente penitenciária federal.Outro objetivo do projeto é apresentar os contrastes das penitenciárias brasileiras. Para tanto, participam da ação: o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte (MG); o Presídio Central, em Porto Alegre (RS); o Presídio Aníbal Bruno, em Recife (PE); a Penitenciária Federal de Catanduvas (PR); e a Fábrica Esperança, em Belém (PA), que emprega presos em regime aberto ou prisão domiciliar. Eles trabalham na confecção de roupas e bolas esportivas.1º Conseg – Segundo Gisele, essa foi a melhor maneira encontrada pelos diretores das unidades penais para que os presos atuem, mesmo que indiretamente, do evento. A meta do 1º Conseg é “definir princípios e diretrizes orientadores da Política Nacional de Segurança Pública, com participação da sociedade civil, trabalhadores e poder público como instrumento de gestão, visando efetivar a segurança como direito fundamental”.Serão discutidos sete temas: Gestão Democrática: Controle Social e Externo, Integração e Federalismo; Financiamento e Gestão da Política de Segurança Pública; Valorização Profissional e Otimização das Condições de Trabalho; Repressão Qualificada da Criminalidade; Prevenção Social do Crime e das Violências e Construção da Cultura de Paz; Diretrizes para o Sistema Penitenciário; Diretrizes para o Sistema de Prevenção e Atendimentos Emergenciais e Acidentes.A 1ª Conseg foi convocada pelo decreto nº 8, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2008. As propostas aprovadas na conferência servirão de base para a definição de uma nova política de segurança pública para todo o País.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Fotógrafo José Bassit estréia site com o melhor da fotografia autoral

Site do fotógrafo José Bassit apresentando o ensaio Iemanjá, A Senhora das Águas


Paulista, fotojornalista e apaixonado por arte. Assim, em poucas palavras, é possível definir um dos mais brilhantes fotógrafos do cenário contemporâneo. José Bassit reconhecido pelos seus trabalhos em fotografia autoral leva para a internet uma coleção de imagens que já fizeram parte de diversas exposições no mundo todo.


O novo site do fotógrafo reúne um pouco da sua biografia, principais colaborações em editoriais e publicações e, é claro, um portfólio de dar inveja. São seis galerias que apresentam um pouco da mente criativa de Bassit.


Na seção The Longon Underground o brasileiro apresenta um ensaio sobre o rico universo do metrô londrino, seu cotidiano e seus usuários, com o objetivo de retratar um pouco da sociedade e dos costumes da cultura inglesa. Em Imagens Fiéis, o trabalho parece ganhar ainda mais objetividade em seções realizadas em sete estados do Brasil, onde foi documentada a religiosidade e a fé do povo brasileiro. Essas imagens foram reunidas no livro “Imagens Fiéis”, lançado pela editora Cosac&Naify em 2003.


Quando o assunto é exposições, o fotógrafo se revela como um ingrediente natural de diversas mostras em diversas partes do mundo. Entre as principais exposições individuais que participou estão: The London Underground, na estação Santa Cecília do Metrô, São Paulo (1985); Por onde anda a fé, no Centro Cultural Fiesp, São Paulo, dentro do V mês internacional de Fotografia (2001); Imagens Fiéis, no Centro de Estudos Brasileiros em Maputo, Moçambique (2003); Cortes Modernos, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo (2004); Rememorações, no Espaço Porto Seguro de Fotografia, São Paulo (2006); Instalação Cortes Modernos, no Sesc Pompéia, São Paulo (2007); Imagens Fiéis, no Museo de los Ninõs, em San José , Costa Rica (2008).


Entra as principais exposições coletivas se destacam: III Bienal de Fotografia de Curitiba, Paraná (2000); Acts of Faiths, no Contemporary Brazilian Photograph, no Asmolean Museum, em Oxford, Inglaterra (2002); Brasiliens Gesichter, no Ludwig Museum, em Kloblens, Alemanha (2005); Brésil, Hèritage Africain, no Musée Dapper, em Paris, França (2005).


Acesse o site de José Bassit em: www.josebassit.com

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

SÃO PAULO NADA FASHION WEEK. Ricardo Trida dá o tom do primeiro dia de desfiles da arena da Bienal

“Glamour é só para as modelos”, assim, o fotojornalista Ricardo Trida começa a destrinchar o caminho dos holofotes da moda no Brasil. A São Paulo Fashion Week na opinião dele é um evento que exige muita técnica, precisão e principalmente um olhar apurado nos movimentos da modelo. Quando se trata de Gisele Bündchen então, é melhor não piscar.


O trabalho no Diário do Grande ABC, o maior jornal regional do país, não é a credencial que o fotógrafo precisa para conquistar um lugar no PIT (tablado onde fotógrafos e cinegrafistas se posicionam para registrar os desfiles) da SPFW. Veículos de comunicação de várias partes do Brasil e do mundo prestigiam a criatividade dos estilistas brasileiros. Entrar na Bienal é só a primeira parte do trabalho, para acompanhar as coleções, o fotógrafo precisa de um novo cordão no pescoço.


“Em um evento como este posso dizer que 90% das pessoas vem para curtir, até mesmo entre os profissionais, apenas o restante, os outros 10% vem para trabalhar e dar duro mesmo”, destaca Trida.


Um fator interessante levantado pelo fotógrafo é que existe dois tipos de profissionais que acompanham os desfiles. Os fotojornalistas e os fotógrafos de moda. Entre eles os objetivos são bastante específicos. Os primeiros estão preocupados em clicar o inusitado, o diferente e no geral registram o evento como um todo. “Estamos atentos com a modelo, com os convidados, com o estilista, com o backstage, enfim, com tudo”. Já os fotógrafos de moda se concentram no estilo, no visual do penteado e estão sempre assessorados por uma repórter para conseguir o foco ideal da matéria. “É bem diferente um trabalho do outro é preciso ser especialista no assunto”, brinca.


Na noite do primeiro dia de desfiles do SPFW, Ricardo Trida acompanhou seis das sete grifes que passaram pelo evento, pois todos os esforços estavam concentradas na participação de Gisele Bündchen e do modelo Jesus Luz. Ambos comandariam o desfile da marca Colcci, a última a dominar a passarela.


“Não tem jeito, ou você acompanha todo o trabalho e vai se arriscando a ficar em lugares ruins, ou prioriza algumas marcas para conseguir o melhor lugar, neste caso específico foi preciso ter uma estratégia”, comenta o fotógrafo que foi equipado com uma escada para se posicionar melhor nos desfiles.


São cerca de 50 fotógrafos que dividem o espaço na arena da SPFW, mas nesta noite especial, Trida afirma que era possível ver uma multidão equipada com lentes, câmeras, tripés e filmadoras. “O número pode até dobrar”, espanta-se.


“A briga por espaço acontece. Já levei muita cotovelada, tripé na nuca e já tive que dar meu jeito para reservar meu espaço. Todo mundo quer ficar no melhor lugar. Ali não tem jeito, é briga de cachorro grande mesmo”, sobre o equipamento Ricardo faz segredo: “É anti-profissional eu ditar regras do que se deve levar ou não. Prefiro comentar que é importante simplesmente levar o amor pela fotografia. Ali você vai precisar”, analisa.


É o sexto ano que Ricardo Trida acompanha as novidades da moda no evento e quando questionado se existe glamour na cobertura deste evento ele inciste: “glamour só para modelos. Eu estou hoje cobrindo a SPFW amanhã estou à frente de um protesto de estudantes, depois estou na chuva na cobertura esportiva. Eu amo esta profissão”, finaliza.

SÃO PAULO NADA FASHION WEEK. Celso Luiz rasga o verbo e conta qual a melhor nas passarelas: Canon ou Nikon?

“O evento não é de bilheteria é de convidados VIPS. Sim, tem glamour, mas pra quem vai assistir a um desfile e depois vai embora, os fotógrafos acompanham sete, oito desfiles por dia, tá bom assim?”, dá pra deixar bem claro que o fotojornalista Celso Luiz não está para brincadeira quando se trata de fotografar o maior evento de moda do país.


Aumentando os números de Ricardo Trida, Luiz, conta que em um PIT de desfile é possível ver mais de 200 fotógrafos. Mas ele garante: “Isso no passado, agora a realidade é outra”. Sem dúvida, este profissional que acompanhou este ano a SPFW a serviço pelo DIÁRIO DO GRANDE ABC, tem muita história para contar. Afinal, ele é presença garantida desde o primeiro evento, ainda chamado de Phitoervas Fashion.


Para quem não se aguentou de curiosidade: sim, a SÃO PAULO FASHION WEEK não nasceu ontem. O evento já existe por mais de 10 anos.


Começou em 1996, quando o evento era conhecido como Morumbi Fashion Brasil. Ele ganhou o nome atual em janeiro de 2001, em sua décima edição. Durante este tempo, estilistas, produtores, modelos, patrocinadores, tecelagens, jornalistas, agências, indústrias e técnicos se profissionalizaram e ganharam espaço na área. Por isso, este evento de moda é hoje o mais importante da América Latina e aparece entre as principais semanas de moda do mundo, ao lado de Paris, Milão, Nova Iorque, e Londres – fonte wikipédia.


Depois desta aula de história, vamos voltar ao foco, ou melhor, a rotina dentro da bienal pelas lentes de um fotógrafo.


O tempo passou e com ele, Celso Luiz garante que os profissionais que encontra no evento foram se profissionalizando, no entanto, uma outra demanda de pessoas (fotógrafos amadores e outros que se apresentaram para a câmera pela primeira vez) resolve aparecer também pelo PIT e acaba lotando o espaço, que na maioria das vezes é pequeno para tanto trabalho.


“Uma vez cheguei a ver uma fotógrafa de uma agência que perdeu todo o seu equipamento. Bolsa, lentes, câmeras e cartões, tudo, absolutamente tudo foi levado por sabe lá quem! O evento tem segurança e estrutura, mas na hora do desfile todas as atenções estão voltadas para a passarela, é nesta hora que você precisa ficar atento e não perder seu material. Na sala de imprensa o laptop também precisa ser vigiado. São mais de 200 pessoas usando tudo de uma vez, não dá pra descuidar”, desabafa Luiz.


As luzes se apagam e a Bienal se acende


O fotógrafo garante que não é só as passarelas que ganham brilho neste evento. A Bienal se enche de cores e é possível ver muitas novidades por lá. Como fotojornalista, o profissional precisa estar atento a todos os detalhes. O lounge, o bar, e o burburinho podem render também boas imagens.


Ente um desfile e outro, Celso Luiz destaca que é importante garantir seu espaço na sala de imprensa. O profissional recomenda nestes casos que ao terminar um desfile ou uma sequência de imagens, é necessário descarregar o equipamento e tratar suavemente as fotos. “Um controle de luz, foco e ajustes simples, depois manda tudo pro jornal”, analisa.


Armas para a Guerra

SÃO PAULO NADA FASHION WEEK. Celso Luiz rasga o verbo e conta qual a melhor nas passarelas: Canon ou Nikon?

“O evento não é de bilheteria é de convidados VIPS. Sim, tem glamour, mas pra quem vai assistir a um desfile e depois vai embora, os fotógrafos acompanham sete, oito desfiles por dia, tá bom assim?”, dá pra deixar bem claro que o fotojornalista Celso Luiz não está para brincadeira quando se trata de fotografar o maior evento de moda do país.


Aumentando os números de Ricardo Trida, Luiz, conta que em um PIT de desfile é possível ver mais de 200 fotógrafos. Mas ele garante: “Isso no passado, agora a realidade é outra”. Sem dúvida, este profissional que acompanhou este ano a SPFW a serviço pelo DIÁRIO DO GRANDE ABC, tem muita história para contar. Afinal, ele é presença garantida desde o primeiro evento, ainda chamado de Phitoervas Fashion.


Para quem não se aguentou de curiosidade: sim, a SÃO PAULO FASHION WEEK não nasceu ontem. O evento já existe por mais de 10 anos.


Começou em 1996, quando o evento era conhecido como Morumbi Fashion Brasil. Ele ganhou o nome atual em janeiro de 2001, em sua décima edição. Durante este tempo, estilistas, produtores, modelos, patrocinadores, tecelagens, jornalistas, agências, indústrias e técnicos se profissionalizaram e ganharam espaço na área. Por isso, este evento de moda é hoje o mais importante da América Latina e aparece entre as principais semanas de moda do mundo, ao lado de Paris, Milão, Nova Iorque, e Londres – fonte wikipédia.


Depois desta aula de história, vamos voltar ao foco, ou melhor, a rotina dentro da bienal pelas lentes de um fotógrafo.


O tempo passou e com ele, Celso Luiz garante que os profissionais que encontra no evento foram se profissionalizando, no entanto, uma outra demanda de pessoas (fotógrafos amadores e outros que se apresentaram para a câmera pela primeira vez) resolve aparecer também pelo PIT e acaba lotando o espaço, que na maioria das vezes é pequeno para tanto trabalho.


“Uma vez cheguei a ver uma fotógrafa de uma agência que perdeu todo o seu equipamento. Bolsa, lentes, câmeras e cartões, tudo, absolutamente tudo foi levado por sabe lá quem! O evento tem segurança e estrutura, mas na hora do desfile todas as atenções estão voltadas para a passarela, é nesta hora que você precisa ficar atento e não perder seu material. Na sala de imprensa o laptop também precisa ser vigiado. São mais de 200 pessoas usando tudo de uma vez, não dá pra descuidar”, desabafa Luiz.


As luzes se apagam e a Bienal se acende


O fotógrafo garante que não é só as passarelas que ganham brilho neste evento. A Bienal se enche de cores e é possível ver muitas novidades por lá. Como fotojornalista, o profissional precisa estar atento a todos os detalhes. O lounge, o bar, e o burburinho podem render também boas imagens.


Ente um desfile e outro, Celso Luiz destaca que é importante garantir seu espaço na sala de imprensa. O profissional recomenda nestes casos que ao terminar um desfile ou uma sequência de imagens, é necessário descarregar o equipamento e tratar suavemente as fotos. “Um controle de luz, foco e ajustes simples, depois manda tudo pro jornal”, analisa.


Armas para a Guerra


Abrindo o jogo, Celso comenta que além do que considera como básico para cobrir o desfile, o fotógrafo precisa também levar uma escada. Afinal, o que ele menos precisa se preocupar é com a altura dos colegas de profissão.


Abrindo o jogo, Celso comenta que além do que considera como básico para cobrir o desfile, o fotógrafo precisa também levar uma escada. Afinal, o que ele menos precisa se preocupar é com a altura dos colegas de profissão.

A miséria fotográfica

Artigo publicado por: Yuri Bittar


Não meus amigos, não estou falando de nenhum fotógrafo "mão-de-vaca", e nem da situação da fotografia no Brasil. Este título, na verdade, refere-se à atração que grande parte dos fotógrafos, por todo o mundo, e mais ainda por aqui, tem pelo tema social, mais precisamente pela miséria e pelo sofrimento humano. E é isso que quero discutir.



No Chão da Cidade - 2007
Foto: Yuri Bittar


A proposta desta coluna, é incentivar, ou reforçar, a idéia do fotógrafo em tempo integral, ou seja, sugiro à todos, amadores ou profissionais, que fotografem todos os dias, o tempo todo, e não só com as câmeras, mas também com o olhar e a mente. E uma de minhas propostas foi a de andar pela cidade, fotografar a realidade, as composições que vão se formando o tempo todo. E nessas composições, numa cidade como a minha, São Paulo, constantemente estão presentes os mendigos, moradores de rua, pessoas doentes, crianças, e todo tipo de gente, infelizmente, em situação miserável.



Alinhada ao chão, desalinhada à sociedade.
Des-alinhada - 2008
Foto: Yuri Bittar


Mas um fato é que não fotografamos a miséria só porque ela está lá ! Fotografamos também porque a procuramos, vamos em seu encalço, andamos pela rua procurando mendigos pelos cantos.


Outro dia um amigo me mostrou as fotos que fez de um morador de rua, não me lembro bem da história, mas ele conversou com o sujeito, e descobriu uma pessoa inteligente e culta, por detrás daquela aparência suja. As fotos ficaram boas, mas o que ele aprendeu foi ainda melhor.


Imagine a cena, um jovem estudante, no início de seu curso de fotografia, então seu professor manda os alunos para a primeira saída fotográfica, cada um deveria fazer fotos na rua, por conta própria.


E agora? O que ele faz ? Ele vai andar alí por perto, e se depara com a bela igreja da Consolação, com seu estilo neo-gótico-semi-barroco. Aquelas abóbodas altas e imponentes na entrada. Ele faz uma foto. Então percebe que há vários mendigos por ali, e ele precisa de algo mais em sua foto. Nada melhor do que o incrível contraste entre a riqueza e a miséria não?


Então ele se aproxima de uma mulher, uma mendiga, não muito velha, apesar que é dificil imaginar sua idade, ele pergunta se ela faria um favor, de ficar em frente à igreja, para ele fazer uma foto, imediatamente ela pergunta "o que que eu ganho?". Aparentemente ela já era modelo profissional, então ele negocia e consegue a foto por um passe.


The Lonelines of a Long Distance Runer


A solidão de uma longa distância, Um longo caminho para a solidão, Um olhar perdido no horizonte...


Esse jovem era eu (ainda sou) e essa foi minha primeira foto na rua. Para todos os efeitos eu a considero minha foto n.1.


E porque eu contei essa história toda? Para mostrar o que se passou na minha cabeça. Tirar foto de mendigos foi a primeira coisa que pensei, fazer fotos de miseráveis parece ser natural. Mas porque temos essa atração pelo que mais queremos distância?


Ninguém quer ser mendigo, mas que atire a primeira pedra o fotógrafo que nunca fotografou um!


Caído por Terra - 2008
Foto: Yuri Bittar


Isso, ao meu ver, é em parte influência da nossa cultura visual. Qual é o fotógrafo iniciante que não admira Sebastião Salgado. Eu adoro também o Newman Sucupira, que faz uma espécie de foto-glamour de pessoas simples do interior. Além disso, estamos acostumados a ver matérias na TV, sobre a miséria, mendigos, etc...


Acho ainda que a fotografia com temática social faz muito sentido no Brasil, devido a nossa situação, de pobreza generalizada. Pega bem se preocupar e fazer fotos conscientes. Alguém que tem preocupação com a sociedade, se aprende fotografia, sai fotografando a miséria mesmo.


Sem falar que se andarmos pela cidade, para registrar a realidade, não tem como fugir, eles estão lá ! Mesmo que na maior parte do tempo algumas pessoas consigam ignorá-los, por ser dolorosa sua visão, quando vamos fotografar a cidade, abrimos os olhos e a mente, e nossa sensibilidade de fotógrafos deixa passar mais que o normal, enxergamos coisas belas que nunca haviamos percebido, mas também enxergamos a miséria, bem nos olhos.


Um estranho em uma terra estranha 08 - 1999
Foto: Yuri Bittar


Esses dias recebi a "Câmera Viajante". Um projeto muito legal, desenvolvido pelo pessoal da lista Fotobrasil, que é uma câmera, compacta, que vai viajando e passando na mão de vários fotógrafos, e cada um faz sua foto e envia a câmera para o próximo. No final haverá uma exposição com todas as fotos, feitas por pessoas diferentes, em locais e até paises diferentes, mas com o mesmo equipamento. Aposto que vai haver muitas fotos de miséria, a minha é uma delas !


Não sou contra fotografar a miséria, pelo contrário, e ainda acho que devemos fotografar e pensar muito mais sobre esse tema.


Então é isso que vou continuar perguntando nessa coluna, se você já fotografou uma "composição da realidade" hoje? Espero que comece logo!

O "meio termo" da fotografia digital

Fonte: Minha notícia IG
David Pogue / New York Times


Nova geração de câmeras da Nikon e Canon tenta combinar a qualidade de imagem e versatilidade dos modelos profissionais com o preço e tamanho das câmeras domésticas. Confira o resultado


Sabe, a física pode ser irritante. As malditas regras da natureza deixam nossa bagagem pesada, derretem as calotas polates e conspiram pra fazer o pão cair sempre com a manteiga para baixo.


E a física explica porque você não pode tirar fotos com qualidade profissional usando uma câmera pequena. Fotos lindas, grandes e coloridas exigem grandes sensores de imagem e grandes lentes para iluminá-los. Então ficamos presos a duas categorias de câmeras: as de bolso, que tiram fotos medíocres, e aquelas pretas grandalhonas (SLRs) que exigem uma alça - ou melhor ainda, um carrinho de mão - para carregá-las por aí.


E como os dois extremos da escala estão saturados com modelos de câmeras, os fabricantes estão ansiosos para se diferenciar na esperança de encontrar novos mercados. Neste mês, a Nikon e a Canon estão apostando em uma categoria que, até agora, era praticamente deserta -- a que fica exatamente no meio do caminho.


Chame-as de mini-SLR.


A nova D5000 da Nikon (US$ 850 nos EUA, sem as lentes) e a Canon PowerShot SX1 IS (US$ 600 nos EUA) parecem similares. Os corpos tem tamanho e formato idênticos - como pequenas SLRs - e elas pesam quase a mesma coisa (cerca de 680 gramas). Ambas podem gravar vídeo em alta-definição. Elas tem até um conector Mini HDMI para conexão direta à sua TV de alta-definição (o Mini HDMI exige um cabo especial, não incluso com as câmeras).


Todas tem uma tela móvel na parte de trás. Este recurso permite que você fotografe de ângulos altos, baixos ou de lado, sem falar nos auto-retratos. A tela do modelo da Nikon gira para ficar abaixo da câmera, em vez de ao lado, o que é um design melhor, já que mantém a imagem "alinhada" com a lente. Uma tela móvel também tira a câmera da sua cara, o que facilita na hora de obter expressões mais naturais de quem está sendo fotografado (especialmente crianças).


Entretanto, apesar das semelhanças estas câmeras chegam ao "meio do caminho" vindas de direções opostas. A Nikon tentou "domesticar" uma SLR, enquanto a Canon tentou "profissionalizar" uma câmera doméstica.


A Nikon D5000 é uma legítima SLR. Aceita lentes intercambiáveis, seu visor permite ver através da lente, tem um enorme sensor de imagem lá dentro e nenhum atraso de obturador (como é chamado o intervalo de tempo entre você apertar o botão e a câmera bater a foto).


De fato, se você ler apenas a ficha técnica, pode acabar confundindo a D5000 com a mais avançada (e cara) Nikon D90 (US$ 1.150 sem as lentes, nos EUA). O sensor, as características e a maioria dos recursos são exatamente os mesmos. A D5000 tem o mesmo fantástico sensor de 12.3 megapixel, o mesmo mecanismo para livrá-lo da poeira e o mesmo sistema de foco automático com medição em 11 pontos. Tem até a mesma velocidade na fotografia sequencial (4.5 fotos por segundo), que é fantástica não só para esportes e cenas de ação como para capturar efêmeras expressões faciais.


Como a maioria das SLRs de hoje, a D5000 tem o modo "Live View". Com ele a câmera demora mais para focar, mas você pode enquadrar a cena usando a tela LCD, em vez de usar o visor ótico. A D90 foi a primeira SLR capaz de gravar vídeo, e a D5000 também herda este recurso.


Mas é aqui que as coisas ficam estranhas. A Nikon colocou todos estes recursos profissionais em uma câmera muito menor e mais leve, que é obviamente voltada aos amadores.


Por exemplo, ela é lotada de modos de cena que deixam as coisas menos intimidadoras para os novatos - ajustes prontos para Pôr-do-Sol, animais, praia e neve, cada um deles com uma imagem de exemplo mostrada na tela.


Como em outros modelos "low-end" recentes da Nikon, a D5000 também torna mais fácil entender a fotografia ao mostrar uma representação visual da abertura da lente na tela à medida que ela aumenta ou diminui. A tela também indica a velocidade do obturador de forma gráfica e como uma fração (1/25, por exemplo, em vez de apenas "25" como na maioria das SLRs). Mas a D5000 não tem o painel de status no topo como as suas irmãs maiores - justamente porque o corpo dela é menor.


Trocando em miúdos, a D5000 é uma mistura tão grande de recursos "profissionais" e "domésticos" que os representantes da Nikon me perguntaram como eu a descreveria. Esta é minha sugestão: é uma câmera profissional presa no corpo de uma câmera doméstica.


Algumas coisas legais da D90 não estão presentes na D5000. Não dá pra usar algumas lentes antigas da Nikon e a bateria é menor, suficiente para 510 fotos em vez de 850. E a câmera não é capaz de se comunicar com unidades de flash sem fio.


Mas há algumas vantagens. O novo "Quiet Mode" (modo quieto) abafa ligeiramente o ruído do obturador. Focar antes de começar a filmar é mais rápido embora, infelizmente, ainda seja impossível mudar o foco enquanto filma.


O importante aqui é deixar claro que a D500 porduz imagens espetaculares sob todas as condições de luz. Ela tem o mesmo mecanismo sofisticado dos modelos topo de linha da Nikon em um corpo pequeno, resistente, amigável e com um design adorável. É um tiro certo.


Não dá pra dizer o mesmo da nova Canon PowerShot SX1. Ela é uma evolução da série PowerShot S IS que estreou em 2004. O IS significa estabilização de imagem (Image Stabilization, em inglês), e o S indica uma câmera que é tão boa nos vídeos quanto nas fotos. Em contraste à maioria das câmeras, a SX1 pode mudar o foco e até dar "zoom" enquanto filma, por exemplo. O motor da lente é tão silencioso que os excelentes microfones estéreo não captam seu ruído. Ele tem até botões de obturador separados para vídeos e fotos, então você pode tirar uma foto durante a gravação de um vídeo.


Mas o que fez da SX1 um modelo tão aguardado foi seu sensor de imagem. É um chip CMOS, do tipo que é encontrado em SLRs, incluindo a popular série Rebel da própria Canon. É muito mais poderoso que o sensor encontrado nas câmeras domésticas, e dá à SX1 vários recursos ausentes em suas antecessoras, como um modo sequencial muito rápido (4 quadros por segundo) e gravação de vídeo em alta-definição.


Tudo isso, e mais uma lente grande-angular com zoom óptico de 20x (sim, 20x!). Onde é que eu assino?


Infelizmente, a SX1 simplesmente não tira boas fotos. Ela é como uma lista de recursos em busca de uma câmera. Sob luz brilhante, você vai amá-la. É rápida, é fácil, está sempre pronta e as imagens são nítidas e com cores saturadas. Mas à medida que a luz diminui, a qualidade vai junto.


Ruído (granulação) começa a aparecer mesmo em fotos externas em dias nublados (ISO 400, por exemplo) e quando o software da câmera tenta dar um jeito nele, você perde nitidez e detalhes.


A não ser que você diminua a exposição, a SX1 também tende a "estourar" as áreas claras da imagem. Ou seja, as transforma em "manchas" de luz tão branca que parece uma explosão nuclear. (Você pode conferir amostras de imagem de ambas as câmeras em nytimes.com/tech).


A SX1 também tem, em lugar de um visor óptico, um viewfinder eletrônico, uma minúscula tela no lugar da lente. Isso seria bom se tal telinha tivesse uma resolução excelente, mas esta é tão ruim que dá pra ver os pixels. Horrível!


Sites especializados no teste de câmeras como o dpreview.com e testfreaks.com compararam a SX1 com sua irmã muito mais barata, a SX10 (US$ 340, nos EUA). A SX10 não tem o chip CMOS e não faz vídeos em alta-definição, mas tira fotos melhores. Estranho, não?


É muito atípico da Canon, que faz as melhores câmeras compactas do mundo, lançar um modelo com tantos defeitos. É muito legal ter zoom óptico de 20x, um botão dedicado para mudar entre os modos Widescreen e padrão, todos aqueles controles manuais e a opção de usar pilhas AA na hora do aperto. Mas por U$ 600, você merece uma câmera cujo sensor pelo menos cumpra a tarefa de capturar a luz direito.


Claro, o que o mundo realmente quer é um sensor imenso como o da D5000 em uma câmera que caiba no bolso da camisa. Infelizmente, você provavelmente nunca irá ver um chip como este em uma câmera muito menor que a D5000 - pelo menos não até que alguém faça uma emenda às leis da física.

Um papo sobre a fotografia

No último sábado, (04/04) o fotógrafo e empreendedor Armando Vernaglia levou oito colegas de profissão para discutir os caminhos da Fotografia na Comunicação.


A palestra na escola Riguardare durou cerca de 3 horas e propôs aos participantes uma série de questionamentos. Bastante envolvido no assunto, Vernaglia, começou com uma visão mais histórica da fotografia, passando por nomes como: Lautrec, Mucha e Nick Ut. Em seguida, o discurso conduziu para a importância da foto como um registro social.


“A fotografia é a profissão mais importante do mundo, pois é possível revelar um passado que poderia ser esquecido. Ela é a testemunha fiel da história”, comenta o palestrante.


Em slides riquíssimos de imagens e cliques nunca antes visto por aquele público, a conversa trouxe o “consumismo por meio da fotografia”, então, a publicidade condena-se como aliada neste processo. Passando por campanhas e editoriais de todo o mundo, os participantes começaram a se manifestar e apresentaram cases pessoais de como são influenciados por boas imagens.


O discurso visual também foi tema recorrente entre o grupo de fotógrafos ali reunidos. O que cada segmento da comunicação quer passar por meio de uma imagem pode ganhar diversas interpretações. O jornalismo por sua vez se encarrega de utilizar a fotografia para comunicar algo ou alguma coisa. O profissional de relações públicas prefere dialogar a relação entre o público e a foto. Já o publicitário prefere uma imagem que possa garantir boas vendas.


Estas distinções não afastam os ruídos que podem estar aliados a este discurso. Estas interferências podem ou não ser mentirosas. O viés na comunicação é a arma para mostrar que não existe neutralidade. Muitas vezes o recorte da cena, já pode mudar totalmente o contexto em que ela estava inserida originalmente.


“O real não existe. A mesma situação pode ser contada de formas diferentes”, analisa Vernaglia em relação ao olhar do fotógrafo para o produto final.


Ao término os participantes puderam refletir sobre a profissão e ainda saíram de lá com uma lição de casa: “O que você tem feito pela fotografia?”, finaliza Armando Vernaglia.

Fotografia ainda é o melhor investimento

Fonte: Karla Monteiro
Globo.com


Com valores cada vez mais altos, a fotografia brasileira ganha leilões, feiras e galerias, consolidando de vez o status de arte


No mercado internacional, uma fotografia pode atingir cifras milionárias. O alemão Andreas Gursky é um exemplo. Presente em museus como o MoMa de Nova York, o Centre Georges Pompidou, em Paris, e a Tate Modern, em Londres, o sujeito já teve um trabalho vendido por R$ 12 milhões. Por aqui, o mercado só agora começa a crescer de fato. Mas os valores já representam uma nova era, em que a fotografia ganhou de vez as paredes das galerias e conquistou o status de arte Um Miguel Rio Branco, o nome mais caro da nossa safra de fotógrafos contemporâneos (excluindo-se Vik Muniz, artista que usa a fotografia para registrar suas obras), chega a R$ 150 mil. Um Mario Cravo Neto bate R$ 100 mil, valor que deve aumentar com a sua morte, ocorrida no último dia 9. Geraldo de Barros, representante da geração dos anos 40, alcança R$ 50 mil. O paraense Luiz Braga vai a R$ 40 mil. E jovens fotógrafos, como os badalados mineiros João Castilho, Pedro Motta e Pedro David, custam entre R$ 3 mil e R$ 22 mil.


Mario Cravo Neto tem uma importância fundamental nessa história: foi um dos primeiros fotógrafos brasileiros a ter sua obra valorizada lá fora e a trazer para cá a ideia de fotografia como arte.


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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

45º Salão Jauense Internacional de Arte Fotográfica 2009

Medalha de Ouro FIAP/FIAP Gold Medal:

Sipko Vitaly - Thunder Storm

UCRÂNIA

Medalha de Prata FIAP /FIAP Silver Medal:

Nikyforabis Palichrentis - Lost Innocence

GRÉCIA

Medalha de Bronze FIAP /FIAP Bronze Medal :

Chan K. Hung Gary - Harvest Day

HONG KONG

Menção Honrosa FIAP /FIAP Hon Mention:

Swarnendu Ghosh Waiting for rain ÍNDIA


Torkoly Jozsef The player HUNGRIA



David M. Maslin Karolina INGLATERRA




Partha Sarathi Dhar Heavenly tune ÍNDIA

Carlo Fantino Gran Cornice - ITÁLIA

Guacyr Aranha Índio - BRASIL

PRÊMIO EXTERIOR – PRETO E BRANCO / EXTERIOR MONOCHROME - WINNERS

Medalha de Ouro FCJ /FCJ Gold Medal:

Abhijzt Ghosh

Dilema

ÍNDIA

Medalha de Prata FCJ / FCJ Silver Medal:

Louis Raymond

La ruelle

LUXEMBURGO

Medalha de Bronze FCJ /FCJ Bronze Medal:

Pambos Charalambides

Grand Modhee

CHIPRE

Menção Honrosa FCJ /FCJ Hon Mention:

Rolf Lindel Gletscheraufstieg - ALEMANHA

Incze István Sisters ROMÊNIA

Emeu Karakozak – AZ TURQUIA

Luc Tourwe Light house keeper BÉLGICA

Swarnendu Ghosh – Birth of Death - ÍNDIA

Jos Janssens In the Garden - BÉLGICA


PRÊMIO EXTERIOR EM COR / EXTERIOR COLOUR - WINNERS

Medalha de Ouro (cor) FCJ /FCJ Gold Medal:

Marcel Beauraind

La Dame de Coeur

BÉLGICA

Medalha de Prata FCJ /FCJ Silver Medal:

Alexander Hochhaus

Magic Ice World

ALEMANHA

Medalha de Bronze FCJ /FCJ Bronze Medal:

Nykoza Demchenko

Helena

UCRÂNIA

Menção Honrosa FCJ /FCJ Hon Mention:

Henry Rajakaruna Free SRI LANKA

Irene Datseko Carafes RUSSIA

IL Tae Lim Best Friend KOREA DO SUL

Niki Kypragora Spring Blossom CHIPRE

Lou Marafioti An English gentleman AUSTRÁLIA

Manfred Lange My feeling today ÁUSTRIA


PRÊMIO BRASIL- PRETO E BRANCO

Medalha de Ouro FCJ / Brasil:

Delcio Capistrano

Pedro Pescador

ABAF – Rio de Janeiro / RJ

Medalha de Prata FCJ / Brasil:

Celso C. Pimentel

O resto é silêncio

Clube Foto Amigos de Santos – Santos / SP

Medalha de Bronze FCJ/ Brasil:

Osmar Peçanha

Trote

ABAF – Rio de Janeiro /RJ

Menção Honrosa FCJ / Brasil:

Rodrigo Melleiro - S/T. 3 - Foto Cine Clube Bandeirante – São Paulo /SP

Giancarlo Stefani Matheus – Ghostis Mansion – Foto Cine Clube Gaúcho – Porto Alegre / RS

Vinicius Xavier – sombras estáticas – Salvador Foto Clube – Salvador / BA

Hugo Leonardo Silva – Contemplação – Foto Clube Objetiva – Goiânia / GO


PRÊMIO BRASIL - COR

Medalha de Ouro FCJ /Brasil:

Sergio Vale Duarte

O Prisioneiro

Grupo Luminous – São Paulo

Medala de Prata FCJ / Brasil:

Francisco Pinto

Tira se não eu atiro

Individual – Rio de Janeiro

Medalha de Bronze FCJ / Brasil:

Elza Rossato

Beijo da luz

Amigos da Fotografias – Ribeirão Preto / SP

Menção Honrosa FCJ /Brasil:

Antonio Ferrina dos Santos – Na Abadia – F.C. Londrina / PR

Gemerson Dias – Sexta feira 13 – Individual – Rio de Janeiro / RJ

Márcia Chal – Vidas Secas – Individual – Rio de Janeiro / RJ

Sylvio Pinto Revas – O gato Sociedade F. de Nova Friburgo - Nova Friburgo / RJ